Com o tema “O estigma associado às doenças mentais na sociedade brasileira”, milhares de jovens de todos os estados do país que participaram da primeira etapa do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) foram instigados a refletir e a escrever um texto dissertativo-argumentativo sobre o assunto.

Profissionais que atuam na área da Saúde Mental veem com otimismo o fato, pois essa abordagem com o público jovem é mais um passo assertivo para a quebra de paradigmas.

O médico psiquiatra Jairo Bauer afirmou em uma recente Live, no Canal do YouTube Brasil Escola, que a escolha do tema da redação pelo Enem foi uma iniciativa importante, pois Saúde Mental é um assunto que está muito presente em nossas vidas.

“A Saúde Mental já era uma questão no Brasil mesmo antes da pandemia. Somos um país com um dos índices mais altos em transtornos de ansiedade e depressão, que são doenças que causam muito sofrimento, ocasionando um grande impacto social e econômico na sociedade. E um dos primeiros pontos e um grande facilitador para que as pessoas tenham mais saúde mental é que esses estigmas, tabus e preconceitos sejam quebrados e trabalhados”, disse o psiquiatra.

As doenças mentais são muito mais comuns do que imaginamos e elas podem acometer desde uma criança, um jovem ou um idoso.

Por isso, para Fátima Macedo, Psicóloga e CEO da Mental Clean, a sensação é de avanço! O tema vem alcançando maior visibilidade a cada ano e passou por um “boom” em 2020, em razão da pandemia.

“Saúde Mental é um assunto para todos nós. E é muito importante, nesse momento, um evento como o Enem abrir espaço para que os jovens reflitam, se expressem e se posicionem sobre o tema, ainda mais em um universo em que falar sobre transtornos mentais e sofrimento emocional, até bem pouco tempo atrás, era quase impossível, era ser taxado de louco”, enfatiza Fátima Macedo.