Equilíbrio Emocional e o papel dos líderes nas empresas

Cuidar da Saúde Emocional dos seus colaboradores vem sendo prioridade para muitas empresas que já são conscientes da importância das emoções e dos sentimentos como habilidades fundamentais para resoluções de conflitos e para o desempenho satisfatório de suas funções.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), um ambiente de trabalho inadequado pode desencadear nos trabalhadores problemas de saúde física e mental e comprometimento da produtividade.

Um estudo realizado entre março e abril deste ano, pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), com 1.460 pessoas pelo país, apontou que os problemas de Saúde Mental neste período de pandemia se elevaram em escalas preocupantes. Entre os entrevistados, constatou-se um aumento de 80% nos casos de Ansiedade e Estresse, já as ocorrências de Depressão aumentaram 50%.

Um outro dado preocupante e que afeta o ambiente corporativo, é a Síndrome de Burnout que acomete cerca de 33% dos trabalhadores brasileiros, segundo informações do International Stress Management Association/Isma-BR.

Estima-se que, com a pandemia, esse quadro tem se agravado. Com cerca de 8 milhões de pessoas trabalhando de forma remota – de acordo com pesquisa divulgada em junho pelo IBGE –, acumulam-se várias funções em um único ambiente, inclusive as domésticas, em um cenário econômico de incertezas que faz com que as pessoas trabalhem muito além de seus expedientes contratados e sob uma tensão desgastante.

“Nessa condição, o trabalho se torna um fardo para o colaborador, pois até mesmo nos momentos de folga ele não consegue se desligar das preocupações. Esse cansaço extremo não atinge somente a esfera profissional, mas também gera impactos negativos no âmbito pessoal, comprometendo a qualidade de vida”, explica Janaína Monje, Psicóloga e Especialista da Mental Clean.

Como o líder pode atuar diante de um colaborador que apresenta algum sofrimento emocional?

Todos nós, em algum momento de nossas vidas, passamos por dificuldades e situações de crises nas quais sofremos perdas, decepções e conflitos que, em maior ou menor grau, impactam nosso rendimento no trabalho.

“Aliado a essas situações pelas quais inevitavelmente passamos, vivemos um momento de incertezas, de instabilidade global na economia e na saúde, o que vem causando um sofrimento emocional na população”, explica a especialista da Mental Clean.

Nesse contexto, as empresas devem desenvolver ações e estratégias que proporcionem o bem-estar físico e o equilíbrio emocional de seus colaboradores.

“Aí entra o papel fundamental do líder, pois é ele quem vai lançar um olhar em sua equipe para além da simples aparência, focado em valores, com um gesto acolhedor”, enfatiza Janaína Monje.

O bom líder é aquele que, ao perceber um colaborador em situação de sofrimento emocional, acolhe, assume a responsabilidade do cuidado, cria oportunidades de diálogos e está sempre atento às necessidades de sua equipe.

Comportamentos agressivos, desejo de abandonar o trabalho, falta de interesse, impaciência e ansiedade podem ser indicativos de fadiga profissional.

Se você é líder e percebeu alguns desses sinais que indicam estado de sofrimento emocional em algum colaborador de sua equipe, converse com ele e faça uma abordagem acolhedora.

“O importante é mostrar-se disponível para ouvir esse profissional sem qualquer tipo de preconceito. Faço-o acreditar em seu próprio potencial”, pontua a psicóloga.

Por fim, sugira a esse colaborador valorizar os pequenos prazeres que a vida nos proporciona:

  • Ande de bicicleta
  • Cuide da alimentação
  • Faça uma faxina mental
  • Dance
  • Ouça suas músicas preferidas
  • Quebre paradigmas
  • Não tenha medo de pedir ajuda
  • Alongue-se mais
  • Desapegue-se do que te faz mal
  • Seja grato

Saúde Mental é vida em harmonia, é um autocuidado que todos os colaboradores merecem. O bom líder é aquele que ajuda a sua equipe a estar bem!