Como anda a sua saúde mental?
Ainda há muitos estigmas em torno da saúde mental dos brasileiros. Muitos deles devido à falta de informação, preconceito ou medo de expor o que está passando por algum tipo de problema emocional e sofrer críticas ou julgamentos por parte da família ou do ambiente de trabalho, o que acaba sendo uma barreira à inclusão social e ao acesso aos cuidados adequados.
Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), a “saúde mental é um estado de bem-estar no qual o indivíduo é capaz de usar suas próprias habilidades, recuperar-se do estresse rotineiro, ser produtivo e contribuir com a sua comunidade”.
Mas na prática, para muitos, esse cenário ainda é distante deste ideal. Por isso, o Dia Mundial da Saúde Mental, celebrado no dia 10 de outubro, tem como objetivo chamar atenção para o reconhecimento da causa do sofrimento por problemas mentais, conscientizar e mobilizar esforços para ajudar as pessoas que desenvolveram algum tipo de transtorno e promover de saúde mental na sociedade.
No Brasil, em especial, a atenção para esse cuidado precisa ser redobrada, já que entre outros adoecimentos mentais, o país foi considerado, desde 2019, o mais ansioso do mundo, com 9,3% da população, conforme relatório da OMS.
De forma geral, a Ansiedade faz parte da vida de qualquer pessoa, mas quando acontece de forma exacerbada, ao ponto de atrapalhar na rotina ou influenciar na qualidade de vida, é sinal de que é preciso buscar ajuda profissional de um psicólogo ou psiquiatra.
Em junho deste ano, o diretor da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), Jarbas Barbosa, pediu aos líderes e tomadores de decisão que garantam que a saúde mental seja colocada no topo das agendas políticas e integrada a todos os setores e políticas para conseguir enfrentar o agravamento das condições de saúde mental nas Américas, devido à pandemia da COVID-19.
Além de falarmos a respeito, é importante manter a atenção em si e buscar ajuda profissional de um psicólogo ou psiquiatra caso note os seguintes sintomas: dores constantes de cabeça, excesso ou falta de sono, ausência ou apetite em demasia, dores na lombar, no peito ou no corpo, taquicardia, problemas digestivos, queda de cabelo, unhas fracas, diminuição da imunidade, impaciência, irritação, ausência de concentração, problemas de memória, inquietação, pensamentos acelerados, tristeza sem motivo aparente, medo constante, sensação de incapacidade e pessimismo.
Essas e outras situações expostas pelo organismo são formas de nos alertar que a nossa saúde mental precisa de uma dedicação especial.
E se a correria da sua vida ou a rotina no trabalho não lhe permite dedicar um tempo para cuidar de você, fique alerta! É preciso repensar seu cotidiano, separando momentos de prazer, lazer e cuidados para evitar o adoecimento mental.
Comece revendo a sua alimentação, de forma que ela seja a mais equilibrada possível, com mais alimentos naturais e menos industrializados.
Procure também reservar um horário do dia para praticar algum tipo de atividade física que te dê prazer e aos poucos busque incluir pequenos “agrados” que te façam bem, como: conversar ou encontrar com alguém querido, ler um livro que estava na fila há anos, ou ouvir uma música que te traga boas recordações.
Todos esses comportamentos de cuidado são formas de te proporcionar momentos de bem-estar, e sem dúvida, são as melhores alternativas para evitar os adoecimentos emocionais.
Caso perceba que não está se sentindo bem emocionalmente durante muitos dias, não hesite em buscar ajuda em sua rede de apoio, composta por amigos, familiares ou se julgar necessário, procure profissionais especialistas em saúde mental que podem te apoiar a superar esse sofrimento.
E lembre-se, nunca se perca de vista! Você é seu principal aliado para conquistar uma vida com mais qualidade e bem-estar.
Por Elaine Medeiros, jornalista e psicóloga