O que está por trás do aumento das contaminações?
O ano de 2022 mal começou e já chega marcado pela alta no número de contaminações pela variante do coronavírus, a Ômicron, em todo o mundo.
O contágio pela nova cepa tem se multiplicado de forma tão acelerada no Brasil, que na primeira quinzena do ano os casos mais que dobraram. E isso porque janeiro ainda não acabou!
Além disso, o país também registra um alto número de casos do vírus H3N2, variante da Influenza A, que pode atuar sozinha ou em dupla infecção com o coronavírus, conhecida como Flurona.
Apesar desse cenário seguir um processo natural de atuação dos vírus, especialistas apontam que a principal causa que levou a esse aumento de casos no Brasil e no mundo se deve ao afrouxamento das regras e dos cuidados por parte das pessoas.
Ou seja, é como se muitos decidissem “abrir a guarda” nas festas de final de ano, alegando já ter tomado a vacina, estar cansado de seguir com os protocolos ou abrandar os riscos pelo fato de já ter se contaminado com o coronavírus.
Detalhe: muitas dessas mesmas pessoas sabem que a vacina, por exemplo, não garante proteção 100% efetiva contra o vírus, e que o uso de máscara e álcool em gel, aliados ao distanciamento, ainda são as melhores medidas para evitar a proliferação.
Então, por que será que elas ignoram essas medidas de segurança e optam por andar na contramão, colocando a si e aos outros em risco de contaminação?
De acordo com um estudo brasileiro, publicado pela revista Personality and Individual Differences, em agosto do ano passado, as pessoas possuem personalidades e diferenças individuais, como por exemplos, traços antissociais, que por sua vez levam ao cumprimento ou não de regras e medidas de segurança.
No caso do levantamento intitulado o “Cumprimento das medidas de contenção à pandemia de COVID-19 ao longo do tempo: os traços antissociais importam?”, os pesquisadores puderam comprovar que os brasileiros que se recusam, por exemplo, a usar máscaras possuem:
– Níveis mais baixos de empatia, que é a capacidade de perceber, compartilhar e inferir pensamentos e emoções de outras pessoas;
– Níveis mais altos de insensibilidade;
– Tendência para o engano e o autoengano;
– Comportamentos de risco.
É claro que depois de quase dois anos de pandemia, com praticamente as mesmas regras em torno do distanciamento social, boa parte das pessoas pode estar passando por momentos de estresse acumulado ou esgotamento emocional, do tipo: “Chega! Não aguento mais!”, que pode levar a um maior relaxamento nos cuidados.
Mas alegar que a situação está insuportável ou que o estresse prolongado e excessivo (principais características do esgotamento) são os motivadores desse comportamento mais brando em relação ao vírus só contribuem ainda mais para que ele se prolifere, além de levar ao crescimento de um outro problema: a falta de empatia.
Pensar apenas em si, sem se importar com a saúde ou a segurança do outro, sem dúvida tem ajudado a aumentar os casos de contaminação neste mês de janeiro.
E para reverter esse aumento da indiferença só há um caminho: colocar-se no lugar do outro, se importar e se preocupar com os riscos que você pode correr ou proporcionar a alguém, se estiver sentindo algum sintoma. Além, é claro, de continuar tomando todos os cuidados!
A pandemia tem nos ensinado que não somos invulneráveis. Portanto, tudo pode acontecer se você não se cuidar ou afrouxar as rédeas de um problema, seja ele um vírus ou qualquer outra questão em sua vida.
Por isso, é imprescindível que as empresas também divulguem internamente ações de prevenção à contaminação dos vírus, além de oferecer apoio para que os seus colaboradores possam cuidar da Saúde Mental, através do compartilhamento de conteúdos sobre o tema, realização de palestras, treinamentos, assistência psicológica ou outras iniciativas de suporte emocional.
Sendo assim, por mais que você esteja com a sensação de fadiga emocional, decorrente de todo esse processo pandêmico e suas restrições, repense seus comportamentos e volte a caprichar nos cuidados com a sua segurança e saúde, como também de todos à sua volta!
Só assim enfrentaremos essa pandemia de forma adequada e alcançaremos resultados positivos para termos uma vida melhor, com mais saúde e bem-estar!