Setembro Amarelo – Empresas e sociedade engajadas pela vida!
O suicídio é uma das principais causas de morte no mundo, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Por ano, são cerca de 1 milhão de casos globalmente, sendo 12 mil apenas no Brasil.
No entanto, o índice de prevenção desses casos é alto, pois, de acordo com a Associação Brasileira de Psiquiatria, cerca de 96,8% dos casos de suicídio estão relacionados a transtornos mentais. Em primeiro lugar está a Depressão, seguida do Transtorno Bipolar e abuso de substâncias.
São transtornos que podem ser diagnosticados, tratados e superados, desde que identificados em tempo. Assim, o primeiro passo para transformar essa realidade mundial é falar sobre o tema, pois ainda existem muitas crenças comuns sobre o suicídio, que contribuem para a propagação de preconceitos.
Consequentemente, as pessoas têm dificuldade em pedir ajuda. Estima-se que, de 50 a 60% dos indivíduos que perderam suas vidas por suicídio nunca se consultaram com um profissional especialista em Saúde Mental.
Um dos principais mitos acerca do suicídio é a ideia de que falar sobre o ato pode estimular sua concretização. Este pensamento, além de falso, acaba dificultando muito a prevenção.
Por isso surgiu, em 2014, a Campanha Setembro Amarelo que, além de alertar sobre os fatores que podem levar uma pessoa ao suicídio, tem o intuito de conscientizar a população em geral para a importância de se levar uma vida com mais qualidade e bem-estar, evitando o adoecimento mental.
Desde então, o tema passou a ser abordado não mais como uma fatalidade incompreensível, mas como uma decorrência do adoecimento emocional e mental, e que pode acometer qualquer pessoa, sem distinção de gênero, classe social, raça, idade ou sexo.
De acordo com um estudo da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp): 17% dos brasileiros, em algum momento, pensaram seriamente em dar um fim à própria vida e, desses, 4,8% chegaram a elaborar um plano e 2,8% tentaram executá-lo. Ou seja, há claramente uma margem grande para que profissionais especialistas em Saúde Mental atuem no sentido de estimular que a pessoa em sofrimento emocional volte a ter vontade de viver.
As empresas são fundamentais nesse processo
As empresas mais humanizadas e inovadoras já despertaram para a importância da Saúde Emocional de seus colaboradores. Entenderam que, assim como é necessário cuidarmos da nossa saúde física, é preciso também um olhar atento para a nossa saúde mental, passando a contar com o apoio de consultorias especializadas em Saúde Mental do Trabalhador.
As lideranças que atuam no ambiente corporativo devem ser responsáveis por criar uma atmosfera de segurança e acolhimento aos trabalhadores e apresentar argumentos que desmistifiquem os transtornos mentais, sabendo identificar o problema, convidando a pessoa que sofre a se tratar, como o faria se estivesse com outro tipo de doença.
É preciso criar uma cultura que se importa com o cuidado emocional dos colaboradores, disseminando políticas de inclusão e diversidade, desenvolvendo skills relacionadas à inteligência emocional, especialmente de suas lideranças, disponibilizando suporte e apoio à saúde emocional.
Para isso a empresa deve propiciar um ambiente de trabalho receptivo e preocupado com a equalização entre alta performance e qualidade de vida dos colaboradores, bem como possibilitar a participação e o envolvimento do time nas decisões, além de abrir espaços de fala e escuta, aprimorando seus processos de comunicação.
A Mental Clean promove diversas ações relacionadas ao Setembro Amarelo voltada às organizações, abordando a importância do cuidado com a Saúde Emocional, que incluem a realização de palestras em SIPATs, rodas de conversa com colaboradores, equipes de Saúde Ocupacional, times de Recursos Humanos e treinamentos de lideranças.
A Saúde Mental é uma construção coletiva! Todas essas atividades são incentivadoras de algo que qualquer pessoa pode começar a colocar em prática a qualquer momento: a comunicação.
A possibilidade de adoecimento mental é inerente a todos, mas causa incômodo, e estabelecer uma distância supostamente “segura” do tema contribui para fortalecer o preconceito e a discriminação.
Quem experimenta um sofrimento profundo, difícil de suportar, muitas vezes não sabe como lidar com tanta dor e acaba se isolando, sem conseguir enxergar uma saída. Por isso, quem sofre precisa se sentir acolhido e saber que pode falar com segurança sobre seus sentimentos. É preciso que todos nós, familiares, amigos, colegas de trabalho, lideranças, estejamos preparados para ouvir sem julgamentos, demonstrando empatia genuína, nos colocando sempre à disposição!