Síndrome do Impostor

O transtorno é um conjunto de sintomas que evidenciam a mudança de um estado normal de saúde para uma doença e tem esse nome porque transtorna a vida.  Já a síndrome é um conjunto de sinais que caracterizam uma condição.   

No caso da Síndrome do Impostor, ela é entendida como uma autopercepção equivocada ou falsa, levando a uma crença que acaba por nortear o comportamento e as ações da pessoa.    

Essa condição inibe o sujeito, pois é um sentimento altamente potente de falta de pertencimento, onde ele não se sente parte daquilo que participa ou realiza.   

Sabe o ditado popular: “a grama do vizinho é sempre mais verde”? Pois é, quem está nessa condição da Síndrome do Impostor vai superdimensionar muito mais as habilidades dos outros em detrimento das suas.    

Uma das consequências bem recorrentes e que inclusive se manifesta muito no mundo corporativo é a autocobrança.  Decorrente de métodos perfeccionistas da família nuclear, a pessoa passa a ter uma cobrança desmedida de si, tornando-se uma justiceira de si mesma.  

“Tenho que dar mais de mim” (e às vezes, já deu tudo), “tenho que fazer mais”, “tenho que performar melhor”, “não posso errar”, são algumas das fases típicas dessas pessoas.  

A crença de desvalor, que gera um sentimento de baixa apreciação por si, também é bem frequente e intensa. É como se a pessoa se sentisse o tempo todo uma fraude, uma mentira.   

Se esses pensamentos começarem a governar as suas ações, procure um profissional da saúde mental e se dê a oportunidade de autocuidado, de modo mais aprofundado.    

Os impactos na vida profissional e pessoal podem ser muito danosos. Por isso, olhar com atenção para si e buscar ajuda é um movimento importante de reflexão ação. 

  

Escrito por:
Anderson Flávio Batista  
Psicólogo - CRP 06/149648